“FORA DO ESTADO
DEMOCRÁTICO, NÃO HÁ SALVAÇÃO PARA NINGUÉM”
Em nota, a Associação dos Magistrados
da Justiça Militar da União saiu em defesa do Estado Democrático de Direito;
assinada pelo presidente da entidade, Edmundo Franca de Oliveira, o documento
diz que espera "de forma confiante, que as elites brasileiras se revelem
capazes e à altura do momento difícil, em que vive a nação e suas instituições,
buscando assegurar e garantir os mandatos populares, conferidos pelo povo
brasileiro, em sua legitimidade, como fonte única e legitimadora do Poder"
25 DE MARÇO
DE 2016 ÀS 14:50
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- Em nota, a Associação dos
Magistrados da Justiça Militar da União saiu em defesa do Estado Democrático de
Direito. Assinada pelo presidente da entidade, Edmundo Franca de Oliveira,o
documento diz que espera "de forma confiante, que as elites brasileiras se
revelem capazes e à altura do momento difícil, em que vive a nação e suas
instituições, buscando assegurar e garantir os mandatos populares, conferidos
pelo povo brasileiro, em sua legitimidade, como fonte única e legitimadora do
Poder".
Abaixo a nota:
NOTA DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DA
JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO
Diante do que se noticia,
incessantemente, na mídia brasileira, sobre a crise política, econômica, social
e institucional no País, a Associação dos Magistrados da Justiça Militar da
União - AMAJUM -, vem defender, de forma enfática, o pacto social
consubstanciado na Constituição de 1988, principalmente por parte daqueles, que
tem uma parcela acentuada de responsabilidade pública.
Com efeito, defender os órgãos
estruturais do Estado, o exercício pleno de suas funções, além das garantias e
dos direitos individuais, universalmente consagrados, em todas as Constituições
Democráticas dos povos civilizados, é dever de todos aqueles, que têm um
comprometimento com a coisa pública e a soberania popular, como fonte legítima
e legitimadora do exercício do Poder Público.
As conquistas consagradas, após
históricas lutas, nas Constituições dos Estados Unidos, de 1776, bem assim,
aquelas proclamadas pela Revolução Francesa e transportadas para o bojo da
Constituição de 1791, e que inspiraram o advento das Constituições Democráticas
de vários países do Ocidente, inclusive a nossa de 1891, estão a reclamar
respeito e consideração, sobretudo, aos postulados do devido e justo processo
legal, da ampla defesa, do contraditório, com a participação das partes na
produção das provas do processo, o respeito às prerrogativas dos advogados, bem
como, o postulado da nossa Constituição, da presunção de inocência.
João Marshall, o pai do
Constitucionalismo moderno, que honrou a Corte Suprema Americana, como seu
Presidente, proclamava, que, um dos maiores atributos de um Juiz é, além da
independência, a sua imparcialidade, para que, o jurisdicionado se sinta
seguro, de que está sendo julgado por um Juiz sobre o qual, nem de leve, paira
qualquer suspeita ou impedimento.
Esperamos, pois, de forma confiante,
que as elites brasileiras se revelem capazes e à altura do momento difícil, em
que vive a nação e suas instituições, buscando assegurar e garantir os mandatos
populares, conferidos pelo povo brasileiro, em sua legitimidade, como fonte
única e legitimadora do Poder.
Que Deus inspire e oriente as ações
da população brasileira e dos seus líderes, e os proteja, a fim de que o seu
legítimo encontro, marcado com o compromisso de realizar uma Nação Justa, Livre
e Solidária, como quer o artigo 3º da Constituição seja assegurado, sem se
esquecer do que diz o artigo 2º, que os Poderes são independentes, mas
Harmônicos entre si, competindo ao STF preservar tais postulados, como guardião
da Constituição.
Cremos, que, fora do Estado
Democrático de Direito, não há salvação para ninguém.
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