Caros amigos e companheiros, vimos através deste, apontar pontos críticos sobre a ciclofaixa central de Caraguatatuba, instalada com a intenção de favorecer o ciclista que por ali transita.
Ocorre que, embora a Prefeitura de Caraguatatuba através da Secretaria de trânsito tenha a brilhante ideia de instalar a ciclofaixa na região central da cidade, esta vem causando vários acidentes envolvendo veículos , pedestres , ciclistas, e ciclomotores.
Seria de suma importância que na região central local onde circula muitos pedestres, muitas bicicletas que fosse banido a bicicleta de circular na contramão mesmo na ciclofaixa.
Qual seria a possibilidade da Secretaria de Trânsito Municipal, adotar na região central da cidade o transito de ciclista só na mão sentido obrigatório de trânsito, assim poderia ser evitado vários atropelamentos, com isso todos ficariam mais tranquilos no trânsito.
Não obstante salientar que a bicicleta é um veículo de propulsão humana e deveria seguir a mesma regra de outros veículos, como seguir na sua mão de direção, pelo menos no centro da cidade.
Para isso é preciso melhor fiscalização dos agentes de trânsito, orientando os ciclistas sobre a nova regra na região central , se assim for adotada, nossa sugestão para que se evite os acidentes que vem ocorrendo constantemente, no cotidiano de Caraguatatuba.
A bem da verdade a Lei de Trânsito prevê que bicicleta deve estar à uma distância de 1,5 m dos veículos automóveis, e aqui em Caraguatatuba os veículos transitam colado com a bicicleta, causando grandes riscos de acidentes.
1- Não é mais rápido: Ao
contrário da crença polular, ciclistas que se integram ao fluxo normal
de veículos chegam mais depressa ao destino. Quando você entra na
contramão, tem que parar ou diminuir o ritmo a todo instante (pelos
motivos expostos nos itens abaixo), enquanto integrado ao fluxo de
veículos você desenvolve velocidades maiores – principalmente
considerando-se a velocidade média, que é o que determina a duração do
trajeto1.
2- Não é mais seguro: A maneira mais segura de pedalar no trânsito é fazer parte dele. De acordo com estudos científicos sobre colisões, ciclistas que pedalam na mão correta têm cerca de cinco vezes menos chances de colisão, comparados aos que fazem suas próprias regras em vez de se integrar às que já valem aos demais veículos (J. Forester; Effective Cycling. Cambridge, MA, MIT Press, 1993)1. Segundo Bruce Mackey, diretor de segurança para Bicicletas em Nevada, 25% dos acidentes com ciclistas nos EUA resultam de ciclistas pedalando na contramão5.
3- Não há tempo de reação: Mais de 50% dos atropelamentos poderiam ser evitados com um comportamento mais defensivo do ciclista2 (algumas fontes citam 90%4) e em menos de 1% dos casos o ciclista sofre uma colisão traseira2.
Na contramão, você tem a sensação psicológica de que está mantendo a
situação sob controle, quando na verdade não está. Se você vê um carro
desgovernado vindo na sua direção, não dá tempo de desviar,
principalmente porque suas velocidades estarão potencializadas: a
velocidade com a qual o carro se aproxima de você é a sua somada à dele.
Um carro a 60 km/h com você a 20 km/h estará se aproximando de você a
uma velocidade relativa de 80 km/h. Se vocês estivessem na mesma
direção, ele chegaria a você com metade dessa velocidade, 40 km/h. Com o
bom uso de um espelho retrovisor e de seus ouvidos, você tem o dobro do
tempo de reação. O motorista também terá esse tempo e é mais importante
ele desviar de você do que você dele, porque quem conduz o carro é quem
realmente pode evitar o atropelamento. Você não consegue jogar sua
bicicleta cinco metros para o lado em um segundo, mas o motorista pode
fazer isso com seu carro se houver tempo suficiente.
4- É mais difícil evitar o atropelamento: Andar na contramão é chegar nos carros mais depressa3.
Trafegando em direções opostas, tanto você como o motorista precisam
parar totalmente para evitar uma colisão frontal. Trafegando no mesmo
sentido, o motorista precisa apenas diminuir a velocidade para abaixo da
sua para evitar o atropelamento, tendo ainda muito mais tempo para
reagir1 e uma margem bem maior.
5- Em caso de atropelamento, os danos ao seu corpo serão bem maiores:
Pelo mesmo motivo do item anterior (soma de velocidades), se você bater
de frente com um carro vai sofrer muito mais. E ainda há um agravante: a
inércia. Se você está indo no mesmo sentido do carro, ele vai pegar
primeiro sua roda traseira e você sairá voando por cima do guidão,
devido à inércia (com a roda de trás da bicicleta agarrada pelo carro,
você continuará seu movimento anterior) ou devido à transmissão de
energia cinética (o carro colide com a bicicleta e transfere parte de
seu movimento para ela e consequentemente para seu corpo, impulsionando
ambos adiante, com a bicicleta começando a parar uma fração de segundo
depois porque a roda de trás não gira mais e seu corpo saindo para a
frente com o movimento transferido). Melhor voar por cima da bicicleta
em direção ao asfalto livre e estacionário do que se chocar com um
para-brisa ou capô, que além de estarem a um metro de você no momento da
colisão ainda vêm em sua direção com velocidade e força de impacto.
6- Você surpreende os carros:
Como você chega mais rápido nos carros, você os pega de surpresa.
Principalmente em curvas à direita: o motorista está fazendo a curva
quando de repente aparece você vindo na direção dele. Não há tempo de
reação. Ele não consegue frear, não pode ir para a esquerda porque há
outros carros, na direita tem um carro parado ou a calçada. Você também
não pode se jogar para a calçada se há carros parados e, mesmo que não
haja, não dá tempo nem de pensar nisso. Se vocês estivessem no mesmo
sentido, o motorista teria bem mais tempo para reagir, talvez até o
dobro, e poderia apenas diminuir a velocidade para evitar a colisão. Um
carro não estanca imediatamente, mesmo que o motorista queira, se
esforce e tenha um freio ABS com pneus bons.
7- Os motoristas não te vêem nos cruzamentos: 95% dos acidentes com bicicletas acontecem em cruzamentos2.
E falando especificamente de pedalar na contramão, é fácil entender o
motivo: quando um carro vira num cruzamento, o motorista olha apenas
para o lado do qual os carros vêm. Imagine um carro entrando numa
avenida: o condutor olha para a esquerda; se não vem carro, ele entra.
Nisso você está chegando com sua bicicleta na contramão e ele te pega de
frente1. Não tem buzininha, grito, agilidade ou terço pendurado no guidão que resolva isso.
8- Os motoristas não te vêem ao sair das vagas e garagens:
Ao sair de uma vaga em que está estacionado, o motorista olha para
trás, seja pelos espelhos ou pela janela, para ver se há veículos vindo.
O mesmo ocorre quando ele sai de uma garagem de prédio ou de um
estacionamento. Ele não olha para a frente, afinal não vêm carros
daquela direção. Você, vindo na direção do carro, nem sempre verá que o
motorista vai sair da vaga e, quando vir, talvez não adiante mais frear.
Ao sair, ele vai te pegar de frente, mesmo que você consiga parar
totalmente a bicicleta a tempo.
9- Os motoristas não te vêem ao abrir as portas dos carros: Se muitos já não olham pelo espelho para abrir a porta do carro e ainda culpam o ciclista por isso, imagine se vão olhar para a frente para ver se vem vindo uma bicicleta. A chance de levar uma portada é muito maior.
10- Os pedestres não te vêem:
Quando um pedestre vai atravessar a rua, ele olha para o lado do qual
os carros vêm. Preste atenção no seu próprio comportamento na próxima
vez que for atravessar uma avenida a pé e perceberá como isso é verdade.
Por isso, pode acontecer de alguém cruzar a rua do nada na frente da
sua bicicleta, saindo do meio dos carros, de costas para você. E não vai
dar tempo para fazer nada.
11- Se quer ser tratado como veículo, porte-se como um:
Se você se comporta como um veículo, sinalizando suas intenções,
respeitando mãos de direção, sinais de tráfego, faixas de pedestre e
etc., os motoristas o respeitarão mais. “Se aquele cara se preocupa com
tudo isso, não é um mané qualquer que está aqui só atrapalhando”. Se,
por outro lado, você anda na contramão, você os incomoda. Sim, isso
irrita muitos motoristas, que ficam com a sensação de que você está
adotando uma atitude de confrontamento, de negação de regras, de
desrespeito. Passar em todos os sinais e outras pequenas infrações
também os irritam, geralmente pela sensação de injustiça (“poxa, aquilo é
proibido mas só porque ele tá de bicicleta ele pode fazer e eu não?”).
Seja um modelo a ser espelhado e não um alvo da raiva e frustração
alheias.
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