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depoimento aos procuradores do Ministério Público Federal, o lobista
Fernando Soares Falcão, o Fernando Baiano, afirmou que o empresário
Gregório Marin Preciado teve participação no pagamento de propinas na
compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Gregório
Preciado é casado com uma prima do senador José Serra (PSDB-SP).
Conhecido do MPF, Preciado teve seu nome envolvido no escândalo de
evasão de divisas do Banestado.
Aos
procuradores da Lava Jato, Fernando Baiano informou que repassou US$ 15
milhões "para o pagamento de propina em favor de seis funcionários da
estatal". Mas, primeiramente, foi "repassado pela Astra [empresa que
detinha com a Petrobras o controle da refinaria de Pasadena], a partir
da celebração de um contrato de consultoria fraudulento, no valor de US$
15 milhões, firmado entre uma das empresas do grupo Astra Oil e a
Iberbras [empresa representada por Baiano]".
A partir daí,
dos US$ 15 milhões repassados pela Astra, o então vice-presidente da
Astra Oil, Alberto Feilhaber, teria ficado com US$ 5 milhões a título de
"comissão" por ter contribuído para concretizar a aquisação da
refinaria.
Um segundo
contrato de consultoria que Fernando Baiano intermediou, entre a
Iberbras e a Three Lions, também atuou para concretizar a compra de
Pasadena. Nessa negociação, teria sido "descontado o percentual pago ao
operador Gregório Marin Preciado" e "o valor restante foi
disponibilizado a Fernando Soares, para que efetuasse a distribuição da
propina, por meio de transferências internacionais realizadas a partir
de sua conta Three Lions, localizada em Liechtenstein", disseram os
procuradores da República.
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