Fechamento de escolas por Alckmin vai prejudicar ganho dos professores
Projeto tucano vai enxugar vagas, e em escolas de ciclo único professores não poderão mais conciliar aulas no ensino fundamental e médio, o que afeta a composição salarial
Por: Agência PT, em 1 de novembro de 2015 às 13:33:50
A proposta do governo de Geraldo
Alckmin (PSDB-SP) de fechar 94 escolas em várias regiões do estado de
São Paulo e extinguir o ensino noturno e cursos de suplência em diversas
unidades, vai prejudicar também a composição salarial dos professores.
A avaliação é do sindicato dos
professores da rede estadual paulista (Apeoesp). De acordo com a
entidade, com a implantação das mudanças propostas pelo tucano, será
mais difícil compor a jornada em apenas uma escola daqueles professores
que lecionam para os anos finais do ensino fundamental e no ensino
médio.
“Professores das escolas que serão
fechadas irão disputar aulas com os colegas das demais unidades, assim
como os das escolas “reorganizadas”. Se não conseguirem aulas, poderão
ficar “adidos”, ou seja, “encostados”, recebendo salários menores”,
afirma a presidenta do Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
“O que está em jogo é a sobrevivência
desses professores. O governo do PSDB quer mesmo transformar o
magistério em um bico”, enfatiza.
De acordo com a dirigente, esta é mais
uma evidência de que o projeto do governo, já em curso, visa apenas ao
corte de gastos, a “racionalização” administrativa e financeira, o
“enxugamento” da máquina do Estado, e não uma política pedagógica para
melhorar a qualidade da educação.
Para o sindicato, a tese de que é
preciso separar crianças menores de crianças maiores e separar crianças e
adolescentes não tem nenhuma sustentação pedagógica e não tem nada a
ver com ciclos de aprendizagem.
“O que o governo estadual está fazendo é
um retrocesso, um rompimento com os avanços que experimentamos nos
últimos anos e a quebra do ensino fundamental de nove anos. É um retorno
à seriação, aos tempos em que, em plena ditadura, tínhamos separados o
primário, o ginásio e o segundo grau”, explica Maria Izabel.
Em estado de greve, os professores farão
nova assembleia durante ato no próximo dia 10, a partir das 12h, em
frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário