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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

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Delações estão trazendo ‘bastante peixe’, diz Moro
Juiz da Lava Jato defende uso de delações: previsto em lei
Publicado: 27 de outubro de 2015 às 13:54


Moro faz exposição no Brasil Sumit, evento organizado pela The Economist em um hotel de São Paulo (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
O juiz responsável pela Lava Jato, Sérgio Moro, disse que os remédios amargos são necessários para conter a sangria que ocorreu nos cofres da Petrobrás. No seu entender, a opinião pública tem desempenhado um papel importante em todo este processo e disse que ela tem se posicionado mais a favor e tem sido fundamental, “o que é essencial em uma democracia”. E sobre os críticos das delações premiadas, que a comparam a uma pesca, Sérgio Moro disse que “tem vindo bastante peixe”.
Moro faz exposição no Brasil Sumit, evento organizado pela The Economist em um hotel de São Paulo.
O magistrado afirmou que quando as investigações começaram não se sabia aonde ia dar a Lava Jato. E falou que é difícil prever o que vai acontecer no futuro. Investigações criminais levam a pistas, mas também a becos sem saída. “Gostaria, até por uma questão pessoal que estivéssemos chegando perto de um final”, disse, afirmando, dizendo que está “um pouco cansado” e arrancando risos da plateia que assiste sua palestra.
Sobre possíveis consequências da decisão do STF que fatiou processos da Lava Jato, o magistrado disse que a decisão foi jurídica e não afeta o remanescente do caso que continua em Curitiba.
Corrupção. Moro disse que é difícil prever o futuro político do Brasil com todo o escândalo de corrupção. Mas defendeu que a sociedade cobre da classe política e que este caso sirva de exemplo e clareza para ver que o problema existe e trabalhar para as instituições serem fortalecidas.
“Temos que fortalecer as instituições, fazer que esses casos tenham tratamento mais ordinário. Assim o risco Berlusconi será reduzido.” E se posicionou a favor do PL que reduz a morosidade nos casos complexos, criticando o excessivo sistema recursal. “É preciso fazer algo para que este problema não ocorra no futuro e as coisas não piorem.”
O juiz da Lava Jato afirmou ainda que todos reclamam da morosidade do Judiciário brasileiro, defendendo um sistema mais ágil. “No criminal, há um problema adicional porque gera um sentimento de impunidade, crimes que levam décadas nas cortes, isso faz com que as pessoas percam a confiança na lei e na democracia, o problema principal é a excessiva morosidade que passa pelo sistema recursal.”
E defendeu o PSL 402, apresentado pelas associação dos juízes federais e em tramitação no Senado Federal. Moro já esteve no parlamento defendendo o projeto que prevê o cumprimento da pena no segundo grau, o quer causou resistência na advocacia. (AE)








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