Este procedimento deve ser adotado pela Rádio Comunitária de Caraguatatuba/SP.
As rádios comunitárias tem um grande papel social nas comunidades em
que são veiculadas por identificarem um grupo de pessoas, a partir de
seus problemas locais, cultura própria e realidade social. O foco
principal desse estudo é quando essas mídias preservam o interesse
social vinculado à realidade local, levando a comunidade a reconhecer a
rádio como sendo sua, criando uma identidade. A radiodifusão comunitária
representa uma conquista dos movimentos populares em relação ao acesso
aos meios de comunicação.
Tais rádios apresentam diversas
vantagens para a população local, desde a informação, a educação
informal, sua cultura própria, a participação ativa das pessoas da
comunidade e de representantes de movimentos sociais e outras formas de
organização coletiva na programação, dos processos de criação e
planejamento até a gestão da emissora. Uma característica importante
dessas rádios é o exercício da cidadania, representando um canal aberto à
liberdade de expressão, independentemente de suas convicções políticas,
credos religiosos, escolaridade, qualidade de voz etc.
Historicamente,
no Brasil, a rádio comunitária tem sido canal de expressão da população
empobrecida que, por meio de suas organizações sociais, desenvolve um
trabalho de informação, educação informal, desenvolvimento cultural e
mobilização das pessoas visando à melhoria nas condições de existência.
No seu processo de ação, em geral conectado às lutas sociais mais amplas
em cada lugar, a emissora comunitária tende a contribuir para a
mobilização social e trabalho organizativo local com o intuito de
melhorar serviços públicos, desenvolver trabalhos educativos contra a
violência, difundir produtos artísticos de membros da "comunidade", além
de desencadear possibilidades de educação informal e não-formal.
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