Empresa investigada fez doação a Carlos Sampaio
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Carlos Sampaio: doações de R$ 250 mil da Fidens Engenharia SA
Integrante da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito)
que investiga desvio de recursos da Petrobras para benefício de agentes
públicos, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), recebeu R$ 250 mil
em doações de uma empresa investigada na Operação Lava-Jato da PF
(Polícia Federal) para a campanha de 2010.
A verba originada da empresa Fidens Engenharia SA foi
repassada ao comitê da campanha em duas parcelas de R$ 125 mil,
transferidas eletronicamente, em agosto e setembro de 2010. A Fidens
Engenharia integrou o Consórcio GSF - formado também pelas empresas
Galvão Engenharia e Serveng Civislan -, responsável pelas obras de
construção da Refinaria Premium de Bacabeira, a 60km de São Luiz (MA).
Relatórios de fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da
União), elaborados em abril de 2013, apontaram irregularidade na
construção da refinaria, que consumiu cerca de R$ 1,5 bilhão em quatro
anos e não saiu da etapa de terraplanagem. O montante foi pago pela
Petrobras.
As doações da empresa Fidens Engenharia à campanha de Sampaio
constam na prestação de contas eleitorais do pleito de 2010, disponível
no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Sampaio apoiou o atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette
(PSB), em sua campanha municipal, em 2012, e teve o apoio do prefeito em
sua reeleição, em outubro deste ano. O prefeito cassado de Americana,
Diego De Nadai (PSDB), fez campanha declarada para o tucano na última
eleição.
Para o parlamentar, não há como prever que uma empresa “com
idoneidade será investigada quatro anos depois”. “De fato recebi (as
doações) e constam na minha prestação. Um amigo me garantiu que a
empresa era idônea e, além disso, essas doações foram feitas em 2010,
quando a empresa não estava sendo investigada”, argumentou.
Ainda segundo ele, não há “nenhuma linha que no relatório da
Lava Jato que investigue somente a Fidens Engenharia”. “O que está sendo
investigado é o Consórcio GSF. Pode ser uma empresa envolvida, duas ou
três. Eu sou o autor do relatório complementar e não há uma citação à
Fidens somente”, disse.
O nome da prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB), consta
em uma planilha da empreiteira Camargo Corrêa, intitulada “Doações
Campanha 2012”, apreendida pela Polícia Federal na sede da empresa, que é
investigada na Operação Lava Jato.
O documento foi apreendido em uma devassa da Polícia Federal na sede da Camargo Corrêa, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
Em frente ao nome de Cristina, aparece um símbolo de “visto” e
o número 50, mas não está esclarecido o que se refere o número. Na
prestação de contas da campanha da prefeita, em 2012, não consta doação
da empresa.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, Cristina nega
ter recebido qualquer quantia da empresa. “Não recebi nenhuma doação
desta empresa. (…) Esta ‘informação’ é totalmente infundada,
improcedente é inverídica. Não tenho e nunca tive nenhum contato com
essa empresa”, afirmou.
Fonte: portal.tododia.uol.com.br
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