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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Empresa investigada fez doação a Carlos Sampaio


Empresa investigada fez doação a Carlos Sampaio

Arquivo | TODO DIA Imagem
Carlos Sampaio do PSDB
Carlos Sampaio: doações de R$ 250 mil da Fidens Engenharia SA
Integrante da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga desvio de recursos da Petrobras para benefício de agentes públicos, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), recebeu R$ 250 mil em doações de uma empresa investigada na Operação Lava-Jato da PF (Polícia Federal) para a campanha de 2010.
A verba originada da empresa Fidens Engenharia SA foi repassada ao comitê da campanha em duas parcelas de R$ 125 mil, transferidas eletronicamente, em agosto e setembro de 2010. A Fidens Engenharia integrou o Consórcio GSF - formado também pelas empresas Galvão Engenharia e Serveng Civislan -, responsável pelas obras de construção da Refinaria Premium de Bacabeira, a 60km de São Luiz (MA).
Relatórios de fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União), elaborados em abril de 2013, apontaram irregularidade na construção da refinaria, que consumiu cerca de R$ 1,5 bilhão em quatro anos e não saiu da etapa de terraplanagem. O montante foi pago pela Petrobras.
As doações da empresa Fidens Engenharia à campanha de Sampaio constam na prestação de contas eleitorais do pleito de 2010, disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Sampaio apoiou o atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), em sua campanha municipal, em 2012, e teve o apoio do prefeito em sua reeleição, em outubro deste ano. O prefeito cassado de Americana, Diego De Nadai (PSDB), fez campanha declarada para o tucano na última eleição.
Para o parlamentar, não há como prever que uma empresa “com idoneidade será investigada quatro anos depois”. “De fato recebi (as doações) e constam na minha prestação. Um amigo me garantiu que a empresa era idônea e, além disso, essas doações foram feitas em 2010, quando a empresa não estava sendo investigada”, argumentou.
Ainda segundo ele, não há “nenhuma linha que no relatório da Lava Jato que investigue somente a Fidens Engenharia”. “O que está sendo investigado é o Consórcio GSF. Pode ser uma empresa envolvida, duas ou três. Eu sou o autor do relatório complementar e não há uma citação à Fidens somente”, disse.
O nome da prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB), consta em uma planilha da empreiteira Camargo Corrêa, intitulada “Doações Campanha 2012”, apreendida pela Polícia Federal na sede da empresa, que é investigada na Operação Lava Jato.
O documento foi apreendido em uma devassa da Polícia Federal na sede da Camargo Corrêa, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
Em frente ao nome de Cristina, aparece um símbolo de “visto” e o número 50, mas não está esclarecido o que se refere o número. Na prestação de contas da campanha da prefeita, em 2012, não consta doação da empresa.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, Cristina nega ter recebido qualquer quantia da empresa. “Não recebi nenhuma doação desta empresa. (…) Esta ‘informação’ é totalmente infundada, improcedente é inverídica. Não tenho e nunca tive nenhum contato com essa empresa”, afirmou.

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