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quinta-feira, 22 de maio de 2014

ÉTICA NO JORNALISMO VIRTUAL É FUNDAMENTAL PARA OS BLOGUEIROS

Atenção senhores que fazem jornalismo virtual, seria bom que vocês tomassem conhecimento desta matéria postada por ARUANDA Jornalismo real & Ética virtual.... e vice-versa , entretanto é importante se postar de onde é a fonte da matéria publicada, coisa que não vem ocorrendo nas matérias que estão copiando e publicando do Blog " Nossa Caraguá" , para quem não sabe isto é plagio e pode gerar uma indenização. 
Pense nisso!





Jornalismo real & Ética virtual... e vice-versa


Por Alessandra Silvério* 

Jornalismo bom, se conhece logo de cara. Se pauta pela ética, pela verdade dos fatos, pela justiça, pelo saber discernir o real do imaginário, o certo do errado, a verdade da mentira, o sensacionalismo grotesco do puro e simples dever do jornalismo/jornalistas em servir a sociedade consumidora de informação.
Viver em um mundo globalizado exige responsabilidade e requer poder de filtragem deste enorme fluxo de notícias. Informar aos cidadãos o que se passa fora das lentes das câmeras da TV e do foco das objetivas, também.
É triste notarmos que nem sempre tudo o que vemos noticiado em emissoras de rádio, televisão, jornais e revistas (sejam elas eletrônicas ou não) são notícias construídas de maneira despretensiosa, ou seja, desprovidas dos interesses escusos e muitas vezes apócrifos de alguns meios de comunicação.
Todo meio de comunicação possui linhas editoriais a serem seguidas pelos seus funcionários, é verdade... No entanto, o que é entendido como "ético" para alguns dirigentes do jornalismo,  para alguns repórteres (no exercício de suas funções) mesmo que de maneira velada é tido como abuso de poder, tirania e desdém à valorização e respeito à vida humana.
Obviamente que não se pode generalizar e dizer que todos os dirigentes e meios de comunicação usam de práticas pouco ortodoxas para obterem vantagens sobre o que e como é noticiada uma ou mais informações... Há exceções... Lógico que há... Assim como existem (como em qualquer profissão também há) jornalistas bons de caráter, há também os que não "rezam" pela mesma cartilha...
O que não se pode negar é que o perfil psicossocial e de discernimento do público-alvo receptor de textos, reportagens audiovisuais e dos meios em comunicação em geral mudou, e muito!  Ser leitor hoje em dia, pode parecer uma tarefa fácil. Mas ser um leitor crítico, tornou-se um desafio que vem sendo trilhado e compartilhado ao longo dos anos pela sociedade - que até algum tempo atrás era considerada por alguns catedráticos estudantes de comunicação como seres alienados, incapazes de decodificar as notícias e o tipo de abordagens dadas à elas...
Os consumidores de produtos jornalísticos assumiram uma visão mais crítica e com o advento da interatividade propiciada pela Internet casada aos demais m.c.m (meios de comunicação de massa), não têm poupados esforços em criticar ou elogiar os conteúdos postados nas redes sociais, em sites jornalísticos (sejam eles de TV, rádio ou jornais). O entendimento da opção "curtir" ou "descurtir" em uma postagem (seja ela jornalística ou não) tornou-se uma linguagem universal entre os internautas.
Estar plugado em páginas de relacionamentos sociais, como por exemplo, o facebook, é estar conectado no mundo virtual onde encontram-se zilhões de pessoas das mais diferentes nacionalidades, que além de compartilhar músicas, mensagens e passagens do cotidiano, compartilham também notícias publicadas em sites jornalísticos.
Hoje, muito se fala em adventos de alta tecnologia na transmissão de imagem e som, como (HDTV, entre outras ferramentas de ponta na melhoria da qualidade tecnológica), mas tecnologia da informação (eticamente correta) avançada mesmo seria se alguns meios de comunicação (em especial alguns dirigentes) tratassem as notícias com mais humanidade e não somente como mercadorias que podem render (os preciosos pontos no IBOPE).
A grande maioria dos telespectadores está cansada de ver notícias tendenciosas, omissas ou que escondem nas entrelinhas interesses financeiros, que gerem patrocínios cada vez maiores para os veículos de comunicação, o que por sua vez, rende mais audiência e menos informação fidedigna e de qualidade.
Em tempos do suposto advento do "Final do Mundo" (que em 2012 não aconteceu), nota-se que altos pontos de um programa de TV no IBOPE não são mais necessariamente entendidos como sinônimo de programa que agrada o público... Muita gente, mesmo não gostando de determinado conteúdo exibido, assiste-o só para depois melhor poder fundamentar sua critica particular... Em outras palavras, o que poderia parecer coisa de outro mundo décadas atrás, em épocas de TV interativa,  tablets  e  smartphones  cada vez mais avançados tornou-se corriqueiro postar  scraps  sobre isto ou àquilo...
E é por essas e outras que o sensacionalismo barato de explorar  as mazelas humanas foi caindo em desgraça gradativamente.  O que não mudou com a chegada da alta tecnologia e com a transformação do perfil cognitivo do público-alvo dos m.c.m, foi o conceito de jornalismo e o seu inequívoco compromisso com a ética e o respeito para com os cidadãos, isto sob a ótica da pragmática do jornalismo em si, da Lei de Imprensa, da Constituição Federal e da Lei dos Direitos Humanos.
"Os Direitos Humanos são inerentes às pessoas, ou seja, são direitos que decorrem da própria humanidade. E a saúde é um desses direitos indispensáveis à dignidade humana. Ela é condição indispensável para que o indivíduo possa gozar de seus outros direitos, como trabalhar, estudar, se informar e ter uma vida sadia. De acordo com a Constituição Federativa do Brasil, a saúde é intitulada como direito de todos e dever do Estado, enquanto acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde. `São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado". Sabe-se que há ainda o irrefutável direito do povo à informação, assegurado pela Constituição Federal, Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º, inciso XIV). `É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício professional`. De acordo com o art. 5º, inciso XXXII, `todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas nos prazos da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado`  (1).
Ou seja, assim como há o direito à saúde, a educação, entre outros direitos descritos na legislação que rege a conduta, os direitos e deveres de todos os cidadãos, há também o direito da população à informação e a necessidade de um jornalismo realmente comprometido com a verdade, a ética e a realidade dos fatos.
Fazer jornalismo real requer ética real e não virtual ou teórica. Muito se fala em jornalismo ético nas redações, mas pouco se pratica na essência da valorização à vida alheia, do respeito pelo próximo ou pela dor dos parentes de uma ou mais vítimas de espancamento, atentados ou qualquer outro tipo de violência que tornou-se igualmente globalizada no país que anuncia "Ordem e Progresso Social". 
Ética no jornalismo independe do tipo de tecnologia empregada pelos veículos de comunicação. Da mesma forma que ter diploma de jornalista não é sinônimo de profissional ético.
Ser ético no jornalismo é construir a notícia com responsabilidade e respeito ao leitor e para com os personagens entrelaçados no deslinde da reportagem, mas sem deixar de lado a desejável aplicação das técnicas jornalísticas, conforme já destacava Erbolato e Bonde.
"A necessidade de interpretar e explicar as notícias é manifesta. A vida se tornou tão complicada e variada, nas múltiplas atividades, que mesmo os especialistas se desorientam em seus próprios campos de conhecimento. O homem mortal comum, perdido no labirinto da economia, da ciência e das invenções, pede que alguém lhe dê uma mão e o acompanhe em seus passos, através de tanta complexidade. Por isso, o jornalismo moderno se encarrega não só de noticiar os fatos e as teorias, mas proporciona ainda ao leitor uma explicação sobre eles, interpretando e mostrando seus antecedentes e suas perspectivas. Tudo isso com o propósito de ajudar o homem a compreender melhor o significado do que lê, vê e ouve" (2).
Destaca-se que ser jornalista é ter sensibilidade para entender que ser jornalista não é ser robô para acatar injustiças, mandos e desmandos de benfeitores e tiranos que se dizem "democratas da informação". Ser jornalista não é cumprir uma jornada de trabalho escrava e dizer "amém" para tudo.
Ser jornalista de um meio de comunicação, não é apenas ter o diploma e registro profissional. É ter coragem de exercer o desafio diário da profissão com base na teoria aprendida na Universidade e na prática adquirida ao longo do tempo no mercado de trabalho. Ser jornalista é ser humano e se colocar no lugar do consumidor da notícia (leitor ou telespectador) e visualizar a reportagem sobre o prisma dele.
Ser jornalista não é praticar puxa-saquismo de políticos que fazem promessas para o povo e que depois das eleições a grande maioria dão as costas para os pobres eleitores.
Ser jornalista vai além do  lead  e do  dead line . Ser jornalista de bom caráter é amar a profissão em qualquer tempo, lugar ou circunstância. Ser jornalista é se pautar pelos princípios morais e éticos da profissão, não de maneira virtual, mas real no exercício da profissão.

NOTAS:
(1)         SILVÉRIO, Alessandra. Saúde e informação: direitos do Povo. Portal do Jornalismo Científico. Disponível emhttp://www.jornalismocientifico.com.br/jornalismocientifico/artigos/jornalismo_saude/artigo1.php
(2)          In BONDE, Fraser, cf., ERBOLATO, Mário L., Técnicas de Codificação em Jornalismo, Ática, São Paulo: 1991, p. 32.
(*) Artigo escrito pela jornalista curitibana Alessandra Silvério - diretora do site "Jornalismo: uma questão de ética".  www.alessandrasilverio.webnode.com
Alessandra Silvério é graduada em Jornalismo pela Universidade Tuiuti do Paraná e pós-graduada em Comunicação Audiovisual (ênfase em cinema) pela PUC-PR.
Perfil de Alessandra Silvério no Portal dos Jornalistashttp://www.portaldosjornalistas.com.br/perfil.aspx?id=13580

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